Fonoaudióloga (PUCSP, 1999), Mestre em Fonoaudiologia pelo Núcleo: Linguagem, Corpo e Psiquismo (PUCSP, 2003) e Especialista em Distúrbios da Comunicação: Linguagem (COGEAE – PUCSP, 2001).

Psicanalista. De 2014 a 2021 participei de Grupo de Estudos: Relações Vinculares e Casais coordenado pelas psicanalistas da Sociedade Brasileira de Psicanalise: Susana Muszkat, Regina Maria Rahmi e Ana Balkanyi Hoffman.  

Em atividade clínica desde 1999, atendo bebês, crianças, adolescentes e adultos com questões relacionadas a dificuldades de: fala, linguagem e motores orofaciais.

As queixas mais comuns que trazem os pacientes ao meu consultório são: atraso de desenvolvimento de fala e linguagem, disfluências  de fala (gagueira), dificuldades da articulação da fala, desatenção, dificuldades do aprendizado, dificuldades escolares, dificuldade de leitura e escrita, questões relacionadas a oralidade que interferem nos modos de se alimentar, alterações motoras orais, alterações na produção da voz, questões inespecíficas do desenvolvimento da infância e questões relacionais inter e intrafamiliares.

Como clínica, busco formações e atualizações constantes em minhas áreas de atuação visando a compreensão e práticas que contemplem o sujeito contemporâneo.

A queixa pode ser cartografada com um diagnóstico bastante específico (e geralmente é), mas que funciona de maneira ímpar no filtro de vivência de cada sujeito, exigindo entendimento amplo e uma prática exclusiva, artesanal, construída dia-a-dia via vínculo e técnicas terapêuticas.

Neta de avós tricoteiras e crocheteiras que ensinavam que para construir uma peça é preciso tramar ponto-a-ponto. Se “pulasse” casa, a peça apresentaria um buraco. Cada casa e cada laço tem sua importância no conjunto da obra.

Entre uma história e outra, um carinho, um silêncio, um cheiro de café recém passado no coador, o feijão apitando na panela de pressão, o tricot era feito as pausas, terminando as carreiras.

Depois enrolavam, sob meu olhar atento, o novelo de lã (ou a linha) com a habilidade de quem sabia o que estava fazendo e daria continuidade ao trabalho sem deixá-lo enroscar, dar nós. Elas sabiam exatamente (eu achava!) de onde continuar e tinham paciência para desfazer os nós intermináveis que eu dava na tentativa de imitá-las.

Do casaquinho de bebê tricotado às toalhinhas de crochê rosa, que decoraram meu quarto na adolescência, minhas histórias foram sendo amarradas do fio condutor inicial às emendas com outros fios que me compõem.

Sócrates, grande educador da história, teve uma mãe que era parteira. Observando como ela fazia nascer os bebês, usou o termo literal grego maiêutica (dar à luz, em grego) para referir-se ao aprendizado.

Dizia que assim como a parteira conduz a mulher a dar à luz, o professor conduz seus alunos com relação à produção do conhecimento: auxiliando, conduzindo tecnicamente no nascimento. Mas o bebê/conhecimento é um produto que se formou independentemente da parteira/professor, embora ambos conduzam ao seu nascimento. 

Amarrando todos esses fios que me compõe, penso que o que se produz em minha clínica é o nascimento, o parto das palavras em formas e sentidos

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